segunda-feira, 24 de maio de 2010

O medo de crescer.

A passagem da adolescência para a vida adulta traz consigo insegurança e medo. É o mesmo que acontece quando um empresário resolve sair da informalidade e encarar a "vida adulta" empresarial, pagando devidamente seus impostos, vivendo exclusivamente daquilo que escolheu para empreender. Muito do seu comportamento diante desta nova realidade se deve à sua maneira de encarar os fatos novos que acontecem - ou faz acontecer - em sua vida.

Achei muito interessante este texto de Marcelo Guerra, onde faz uma leitura da personagem do filme Alice, de Tim Burton, e que está em cartaz nos cinemas.

Pode ser transportado à situação empresarial que destaquei na primeira frase.

Boa leitura.

Contém Spoiler.


Alice e a crise de identidade.

por Marcelo Guerra

O filme Alice no Paí­s das Maravilhas, na versão de Tim Burton, além de sua excepcional beleza (que graças ao efeito 3D nos toca quase que literalmente), nos proporciona uma importante reflexão sobre a Crise de Identidade. Arquetipicamente esbarramos com ela na passagem da adolescência para a vida adulta.

Enquanto em algumas sociedades tribais os jovens precisam passar por lutas ou serem largados numa floresta, em sociedades ocidentais encontramos metáforas dessas lutas e aventuras dentro de florestas desconhecidas. O final de faculdade e a procura por um emprego geralmente se assemelham bastante à sensação de estar perdido no meio de uma floresta. Precisamos demonstrar habilidades que ainda não estamos bem certos de possuirmos. Alice se vê diante de uma escolha "profissional" (afinal ser esposa era praticamente uma profissão para as mulheres daquela época), ao ser proposta em casamento por um jovem rico e sem graça. Este é o momento em que ela percebe que sua vida adulta está batendo à sua porta, e sua Crise de Identidade começa.

Alice cai num buraco muito fundo, suas certezas da adolescência ficam todas em suspenso, uma sensação de estar no vácuo. Afinal, a adolescência é uma época de dúvidas, mas costumamos mascará-las com ideologias que buscamos desesperadamente. Agora, as ideologias precisam passar por um choque com a realidade. Ser adulto implica em buscar a sua própria verdade e não emprestarmos uma de alguma ideologia, por mais sublime que seja. E a sua verdade pode não ser tão sublime assim, afinal nossa personalidade está povoada por elementos de luz e de sombra.

Alice se vê diante dessa crise e nem sabe se é "a Alice"! Põe-se numa jornada de exploração, tí­pica do início da vida adulta, em que viajamos muito, conhecemos muitas pessoas diferentes (saindo daquele esquema do ´meu grupo´ tão comum na adolescência), trabalhamos em vários lugares diferentes, ou seja, buscamos conhecer o mundo como ele é. Recebemos ajuda de pessoas mais velhas e experientes, como o Chapeleiro Louco fez com Alice.

Ao fim da exploração, Alice se vê diante do Jaguadarte (uma espécie de dragão) e, principalmente, diante do último fio de convicção ideológica que guarda de sua adolescência:"Eu não sou capaz de matar". Cada vez é mais comum nos agarrarmos aos traços de nossa adolescência, até mesmo pelo excessivo valor que é depositado à imagem da adolescência pelos meios de comunicação. Um exemplo disso é o fato, cada vez mais comum, de ficar morando com os pais por muitos anos depois de adultos. Quando Alice corta a cabeça do monstro, ela diz adeus à adolescência e se posiciona como mulher adulta que sabe que é - e que pode muito mais do que a imagem de lourinha fragilzinha pode fazer supor. Ela se torna independente, que é aquilo que buscamos através de nosso desenvolvimento desde o momento em que nos colocamos de pé e aprendemos a andar. Assim­ começa uma nova jornada!


link da matéria: http://entretenimento.br.msn.com/astrologia/artigo.aspx?cp-documentid=24295040

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Falta de tempo. Até onde começa a desculpa e termina a culpa.

Cada vez mais o tempo parece encurtar no nosso dia a dia. Estranho, porque num mundo que vive a revolução digital e da comunicação, as inúmeras ferramentas que surgem diariamente são criadas justamente com o objetivo de encurtar distâncias, facilitar buscas e respostas, incrementando a produtividade do curto tempo que dispomos.
Sabe aqueles minutos gastos procurando um orelhão que funcionasse para fazer uma ligação à noite? Ou o tédio de aguardar num orelhão a ligação atrasada do outro? Aquele ponto de encontro no enorme aeroporto, com galerias idênticas, que só servia para estressar ou estimular a ansiedade de saber se o local era esse mesmo?
Quantas ruas, viadutos e direções erradas foram tomadas seguindo o fluxo dos carros, por errar o mapa? Sim, aquele de papel que uma vez aberta, dificilmente você consegue dobrar do jeito com que veio embalado, repleto de letrinhas que até mesmo no auge dos seus 20 e poucos anos fica difícil de enxergar?
E a carta enviada e sem resposta... Sem resposta porque o ingrato recebeu e, pra variar não respondeu, ou não respondeu porque foi extraviada num momento de desleixo ou perdida nas pilhas que sucedem uma greve do Correios? Se é urgente, passa o fax ou aciona o telégrafo. Os mais novos dirão: telegra... o quê?
Tirou a foto e esqueceu o filme lá dentro da máquina por um ano. Puxa, se revelar, além de caro, vai sair tudo vermelho. Que saco... E aqueles olhos vermelhos de vampiro pra estragar o vestido lindo de gala e um sorriso devidamente treinado para ser cinematográfico? Sim, até porque você não poderia se dar ao luxo de errar, pois tem a disposição apenas 12, 24 ou 36 poses. E uma semana para ficarem prontas.

Agora, quanta vantagem temos! Celulares facilitam encontros e mensagens, das sérias às triviais. Tiram fotos, e você vê como ficou na hora. Vantagens do email, então? GPS pra quem dispõe de algumas centenas de reais, e abaixo o mapa!

E assim a tecnologia nos fez otimizar o tempo.

Que tempo? Sei lá, não tenho tempo pra saber disso. Tenho que correr!

...

Organização da agenda.

Como um microempresário, também sofro desse mal. Tenho que cuidar de projetos, sair pra pagar contas, comprar embalagens, batata frita pro lanche do ponto de venda noturno, perder um tempão (perder se já não o tenho?!) pra estacionar evitando áreas de zona azul e ir às compras. Puxa, e a formação de preço do produto x que será lançado? Nossa, já estou atrasado pra reunião com cicrano, e preciso ligar para minha mãe pra combinar o almoço de domingo. A conta não vai fechar no azul, e tenho que fechar algum evento grande... procurar no google e entrar em contato com os promotores... mas o bendito desses telefones que se encontram desligados e caixas de mensagem que poucos ouvem ou retornam.
E lembrar de comprar fósforos longos que são vendidos num determinado supermercado; enquanto devo achar uma brecha na agenda pra ir do outro lado da cidade entregar uma encomenda. Já é quase fim de dia e lembro dos projetos, além da formação do preço daquele produto x que não consigo definir se é o ideal ou não. Errar é prejuízo certo.

E daí?

Passam-se os meses e você avança lentamente, isso quando não sai do lugar.

Nesse emaranhado todo, esqueci - ou não dediquei um tempo (que tempo?) - às vendas.
E vou entender agora o porquê de continuar indo mal das pernas.

Recebi um conselho simples do consultor de minha empresa.
Separar as ações diárias em OPERACIONAL e ESTRATÉGICO.
É natural que o microempresário deva assumir várias frentes do negócio, portanto gasta-se muito tempo no operacional. Como no exemplo real lá de cima: compras da empresa e particulares, pagamentos, contatos, visitas. Mas é imprescindível criar uma cultura de DISCIPLINA para não embolar o meio de campo e ficar só no zero a zero. Sem gol, sem lucro.
Portanto, vou seguir essa orientação e dedicar 6 horas diárias ao operacional, e 2 para o estratégico.
No estratégico vou pensar nos pontos de venda que devo abrir, no marketing, nos distribuidores, nas estratégias de captação de novos clientes, formação de preços, embalagens, melhorias de produto, etc.
Como não pensei nisso antes?

Se depois da jornada na empresa ainda vou para minha jornada noturna num ponto dentro de uma faculdade, onde vendemos pipocas e afins, chegando em casa depois das 10 da noite é a hora de dedicar uma hora a estudos, e outra hora e meia para leitura de notícias e um pouco de entretenimento.

O tempo é curto, mas somos responsáveis pelo que acontece durante as 24 horas que vivemos.
Dominamos ou somos dominados. Os vencedores tem controle disso.
Quero estar desse lado.

Dentro de um mês volto a relatar se consegui organizar meu tempo, e se conseguir, quais os benefícios disso.

Abs

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Copa Davis com pipoca!

Uma boa parceria, em reconhecimento ao nosso trabalho e produto, brindou essa nova fase em que nos encontramos, de recuperar a empresa, o projeto e até minha vida pessoal.
Estaremos nesses dias 7, 8 e 9 de maio no Circuito Americano da Copa Davis, que ocorrerá em Bauru. Uma grande sacada, como bem diz um outdoor de uma empresa cumprimentando a cidade por ter conseguido trazer um evento de tal envergadura para o interior do estado, levando seu nome para dezenas de países que acompanharão a rodada pelos canais pagos.
Torcemos para que o tempo ajude e que nosso Pop´s Car, assim como nossas pipocas salgadas e doces façam sucesso entre os visitantes, que virão de diversos pontos do país.
É um credencial e tanto para a Pop´s Fantasy, já que até três anos atrás empurrávamos, eu e minha esposa, nosso carrão de pipoca de mais de 100 quilos com um sonho na cabeça e disposição de sobra nas mãos (e pés).
Nosso trabalho de conquistar aos poucos grandes clientes e eventos de porte, que necessitam de um plus em suas ações de marketing e vendas, parece caminhar na direção certa.
Postarei fotos do evento na semana que vem.
Agora, preciso ir dormir um pouco. Dentro de 4 horas acordaremos, tomaremos um café rápido e "pé na estrada. Lá vamos nós outra vez..."

Finalmente, ganhei um concurso!

Houve um tempo em que eu tinha por hobby ler muito. De todos os assuntos imagináveis - só não chegava ao cúmulo de ler listas telefônicas ou bulas de remédios... Revistas, livros e gibis sempre estiveram presentes em minha vida, e em outro post eu comento de onde nasceu esse gosto. Foi de uma maneira curiosa.
Mas o que me inspira a comemorar neste blog tal feito - o de participar e ser um dos 4 ganhadores do concurso - é o fato de superar uma barreira em minha vida. Nunca havia ganhado nenhum concurso que envolvesse frase, ou mesmo redação. Isso para alguém que curtia ler e escrever muito - em um tempo em que tinha o português afiado, diferente de agora - era um motivo de frustração.
Pois bem, um dia a vitória chega para quem nela se dedica.
Ganhei um livro muito interessante (ainda chegará em casa) de um fotógrafo que "cria animais" com vegetais, legumes. Um trabalho primoroso, pelo que vi na matéria de um programa televisivo, formatado por uma publicitária que viu na obra desse artista um motivo para se fazer um livro visualmente inspirador.
Vou conferir assim que chegar em casa e deixar a dica dele. Certamente um ótimo material de estudo para designers e profissionais de criação.
E quanto a frase?
Ah, só acessando este blog de novo pra ver...

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